domingo, 12 de fevereiro de 2017

Resenha: A Soma de Todos Os Beijos - Julia Quinn

Título: A Soma de Todos os Beijos 
Título Original: The Sum of All Kisses
Série: Quarteto Smythe-Smith 03
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Ano: 2017
Skoob: A soma de todos os beijos 
Compre: Saraiva
Avaliação: 


Sinopse: Um brilhante matemático pode controlar tudo…
A não ser que um dia exagere na bebida a ponto de desafiar o amigo para um duelo. Desde que quebrou essa regra de ouro, Hugh Prentice vive com as consequências daquela noite: uma perna aleijada e os olhares de reprovação de toda a sociedade. Não que ele se importe com o que pensam dele. Ou pelo menos com o que a maioria pensa, porque a bela Sarah Pleinsworth está começando a incomodá-lo.
Lady Sarah nunca foi descrita como uma pessoa contida…
Na verdade, a palavra que mais usam em relação a ela é “dramática” – seguida de perto por “teimosa”. Mas Sarah faz tudo guiada pelo bom coração. Até mesmo deixar bem claro para Hugh Prentice que ele quase destruiu sua família naquele bendito duelo e que ela jamais poderá perdoá-lo.
Mas, ao serem forçados a passar uma semana na companhia um do outro, eles percebem que nem sempre convém confiar em primeiras impressões. E, quando um beijo leva a outro, e mais outro, e ainda outro, o matemático pode perder a conta e a donzela pode, pela primeira vez, ficar sem palavras.

Resenha: Chegamos ao meu livro preferido da série, A Soma de Todos os Beijos! Ele tem o meu herói preferido no Quarteto Smythe-Smith, o Lord Hugh Prentice, que aparece bastante nos livros anteriores, assim como Lady Sarah, que é provavelmente era minha Smithe-Smith (por parte da mãe) menos preferida até esse livro, mas ao longo da história ela conseguiu me ganhar aos poucos.

Lord Hugh, como todos que leram os dois primeiros livros já sabem, foi o colega de Daniel na faculdade, é extremamente inteligente e ficou manco depois do duelo contra Daniel, e foi ele que convenceu o próprio pai a deixar o amigo voltar para o país, fazendo um contrato falando que se seu pai matasse Daniel ele se suicidaria e seu pai ficaria sem herdeiros. Sarah é a prima Smythe-Smith que conseguiu fugir da apresentação do Quarteto, ela é extremamente geniosa e ama muito sua família, o que faz ela odiar Lord Hugh, já que por causa dele seu primo teve que ficar anos fora do país e sua apresentação a sociedade foi adiada.
Ele não gostava dela. Ele realmente não gostava, mas por Deus, ele venderia um pedaço da própria alma para poder dançar com ela.
A história começa durante o casamento de Marcus e Honória, que será seguido pelo casamento de Daniel e Anne uma semana depois, e como os casamentos serão realizados em propriedades não tão longe uma da outra, a maioria dos convidados vai direto de um evento para o outro, e assim a família Smythe-Smith programa uma semana de atividades para entreter seus convidados. Honória, no dia de seu casamento, pede que Sarah faça companhia a Lord Hugh, já que um de seus primos não pode comparecer ao casamento e o Lord foi convidado a tomar o lugar na mesa da família. 
"Oh, oh, oh, Eu já sei! Hughnicórnios!"
Sarah parou. Esse ela não poderia ignorar. Com muita deliberação, ela marcou seu livro com seu dedo e olhou para cima. "O que você disse?"
"Hughunicórnios," Harriet respondeu, como se nada fosse mais comum. Ela deu um olhar astuto para Sarah. "Nomeado por causa de Lord Hugh, claro. Ele parece ser um tópico frequente de conversa."
Sarah detesta Hugh, e deixa bem claro isso pra ele, culpando até mesmo por ela ainda não estar casada, mas mesmo assim faz companhia a ele, junto com sua irmã mais nova Frances, que é apaixonada por unicórnios e gosta muito do lorde, e conforme Sarah vai interagindo com o ele e o vendo conversar com a irmã, ela começa a pensar que talvez ele não seja tão ruim assim, mas a desavença dos dois ainda continua. No dia seguinte todos estão indo para a propriedade de Daniel, e Hugh acaba sendo acomodado na carruagem com as quatro irmãs Pleinsworth, o que se mostra um verdadeiro desafio já que todas são extremamente barulhentas, agitadas e adoram discutir entre si, e ele acaba sentado ao lado de Sarah, que depois da insistência de Harriet sobre uma peça e um beijo, acaba falando algo que deixa todos muito desconfortáveis durante a viagem. E pra piorar a situação, quando eles param em uma estalagem no caminho, Sarah acaba caindo ao sair da carruagem, e apesar de Hugh tentar salvá-la, ela acaba torcendo o tornozelo, e o lorde fica se sentindo muito mal, já que não aguentou segurá-la por causa da perna manca.
Música não era tão diferente de matemática. Era só padrões e sequências. A única diferença era que eles estavam no ar em vez de em um pedaço de papel. Dançar era uma grande equação. Um lado era som, do outro movimento. O trabalho do dançarino era fazê-los iguais.
Ao chegar na propriedade para o segundo casamento, que ainda está a alguns dias de distância, Sarah tem que passar alguns dias descansando na cama, mas sendo a moça inquieta que é, logo começa a tentar andar pela casa, e ao se ver sozinha e sem forças para continuar andar em um corredor vazio, ela é salva por Lord Hugh, que apesar de não poder carregá-la, lhe empresta sua bengala para que ela possa ir até a biblioteca, e é lá que eles acabam passando o dia juntos. E assim eles também passam o resto da semana, já que ela também não pode participar das atividades e danças, e com isso eles se tornam grande amigos.
Sua perna latejava, mas seu coração se sentia mais leve, e pela primeira vez em anos, o mundo parecia cheio de possibilidades.
"Eu te amo," ele disse. E ele pensou com si mesmo, São cinco vezes. Cinco vezes que ele disse isso. Não era nem perto de o bastante.
"E eu te amo." Ela se abaixou e beijou sua perna.
Ele tocou seu rosto e sentiu lágrimas. Ele não tinha percebido que estava  chorando. "Eu te amo", ele disse novamente.
Com o passar dos dias os dois se apaixonam, e depois de alguns momentos mágicos ele está pronto para pedi-la em casamento, quando Daniel encontra-os em uma situação comprometedora e faz Hugh contar para ela do contrato que fez para que o pai não matasse o primo da moça. Sarah, que está profundamente apaixonada mas assustada quando vê que seu futuro marido está falando sério sobre a situação, vai ter que lidar com isso e com a autoestima super baixa que ele tem por mancar e pela culpa que sente pelo duelo, e trabalhar para que seu felizes para sempre aconteça.

O livro, assim como primeiro da série Simplesmente o paraíso, não tem um plot muito complexo, nem grandes vilões ou segredos para serem revelados como foi o caso do segundo livro da série Uma noite como está, mas é justamente isso que faz o livro ser tão perfeito para as fãs de Jane Austen. A soma de todos os beijos lembra muito em alguns momentos Darcy e Elizabeth Bennett, que começaram se odiando e tendo discussões, mas acabaram com um grande amor, e também por, assim como os outros livros da série, dar oportunidade dos personagens secundários brilharem. E nossos dois personagens principais crescem muito ao longo do livro, cada um a sua maneira, enquanto Sarah deixa um pouco de ser a menina birrenta e mimada, Hugh aprende a se aceitar como é e que é possível ser amado mesmo com seus defeitos. O livro é cheio de drama, romance e comédia, o que me fez amar ele, junto com Lord Hugh que conquistou meu coração com sua mente matemática, sua leve melancolia e sua superação, e a forma como muitas das dificuldades encontradas pelos personagens não são coisas externas, mas suas próprias mentes, fez esse ser meu livro favorito da série e um livro que todas fãs de Julia Quinn tem que ler.

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